sábado, 6 de junho de 2009

O preconceito ainda existe...

Certas vezes ouço cobranças de algumas famílias, para mim ou colegas, por não olhar caderno de seu filho, ou que a professora tenha que dar conta de um material que este tenha perdido e fico pensando: seria bom se as pessoas reconhecessem de que não é fácil ter olhos para 30 alunos, sendo que cada um tem uma necessidade e alguns têm essas necessidades de forma especial. Temos que proporcionar atividades variadas e de acordo com o nível da criança deficiente, mas como a colega Andréia comentou no 2º fórum da interdisciplina EPNE: nos falta muitos recursos e é muito comum o sentimento de que podíamos ter feito mais por ele. Incrível como estamos sempre pesando em uma balança nosso trabalho e quando temos um ou mais alunos com certa deficiência, temos que partir para as mudanças, nenhum ano é igual ao outro, portanto, não podemos usar das mesmas atividades e querer os mesmos objetivos para alunos, pois eles também são diferentes. No depoimento da Mauren, neste mesmo fórum, me chamou a atenção quando ela comentou sobre o preconceito com crianças com deficiências físicas,então lembrei-me de algo que aconteceu comigo: minha filha não possui nenhuma deficiência, porém, um dia desses, ela teve uma alergia que inchou muito seu olho e ficou parecendo, para quem não a conhece, que ela havia nascido “sem o olho”, foi então que percebi ao levá-la ao consultório como as pessoas olham, sentem pena daquela menina que “não podia enxergar”. E diante deste fato, confirmei a ideia que sempre defendi de que o preconceito está entre os adultos, pois as crianças, muitas vezes nem dão importância diante de uma pessoa “diferente”.

Um comentário:

Beatriz disse...

Aninha, o sentimento de culpa que os professores estão sendo forçados a carregar é uma pedra de tamanho muito maior do que podemos suportar. Isso tb é preconceito!!
Um abraço
Bea